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sábado, 27 de fevereiro de 2010

FLORESTA E BOTOS

O verão amazônico é o período entre agosto e janeiro, quando as águas baixam e praias de areia branquíssima emergem por toda a extensão das margens dos grandes rios, em meio a uma vegetação exuberante. Um passeio de barco pela orla de Santarém revela o Encontro das Águas e praias lindíssimas, como Carapanari, Aratâs e Ponta de Pedras – esta, com belas formações rochosas. A praia Ponta do Cururu é o local onde os botos rosa e tucuxi (cinza) costumam aparecer, especialmente no entardecer. Mas é preciso ter sorte, já que nem sempre eles são avistados. O panorama é esplêndido da Serra da Piroca. A caminhada pela mata até o topo leva uns 30 minutos, mas vale a pena o esforço. O melhor é ir no fim da tarde para ver o pôr-do-sol, aproveitando ainda a temperatura mais amena.

De janeiro a junho, o Tapajós, seus afluentes e igarapés estão cheios e as
praias ficam submersas, mas esse período é o ideal para contemplar a
exuberância da fauna e da flora. Nos lagos às margens do Rio Amazonas, a
leste da cidade, durante as cheias pode se observar a vitórias régias e uma
grande quantidade de pássaros.

A Floresta Nacional do Tapajós, localizada ao sul de Santarém, é passeio
para todo um dia. Pode-se ir de barco ou de carro por uma estrada em boas
condições, mas para entrar antes é preciso obter autorização do parque. No
caminho por terra, que dura umas 2 horas, uma curiosidade histórica: a
cidade de Belterra, construída pelo magnata americano Henry Ford no início do século passado para ser um dos núcleos de um fracassado projeto de plantação de seringueiras na região, da qual também fazia parte Fordlândia, situada mais ao sul, na Floresta. As ruas de Belterra são planejadas e as casas, de madeira, seguem o modelo rural dos Estados Unidos, com varandas, jardins, hidrantes.

Na floresta é possível hospedar-se na comunidade de Jamaraquá, de origem
indígena, e fazer passeios a pé ou de canoa pela mata, que reserva surpresas
como a Samaumeira, árvore que alcança 60 metros de altura. Guias locais
conduzem o visitante em uma caminhada de 4 horas pela floresta, durante a
qual se veem árvores centenárias e animais silvestres.

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