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sábado, 27 de fevereiro de 2010

CULINÁRIA COM SABOR INDÍGENA É RICA EM PEIXES E FRUTOS

Dá para experimentar desde tucunaré preparado de vários modos a pratos
típicos como tacacá e maniçoba. Na sobremesa, doce de cupuaçu ou sorvete de murici.

Numa rápida caminhada desde o cais de Santarém chega-se ao mercado, na
Avenida Tapajós, passeio essencial para se começar a perceber as
peculiaridades do oeste do Pará. A peixaria impressiona pela diversidade e o tamanho dos pescados, incluindo o pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo (pode medir até 3 metros). Outras curiosidades para quem vem de outras regiões são as frutas da região e os ingredientes locais da comida paraense, como o tucupi (um caldo amarelo extraído da raiz da mandioca (no Pará, chamada de macaxeira), com o qual se prepara o tradicional pato no tucupi, uma das referências da culinária paraense.

A culinária, com forte influência indígena, é parte primordial do roteiro em
Santarém. Além do pato no tucupi, os pratos regionais mais conhecidos são a maniçoba, o tacacá e o vatapá. O tacacá é um caldo grosso de origem
indígena, servido muito quente em uma cuia. É preparado com tucupi, pimenta de cheiro, goma de mandioca, camarões e jambu, hortaliça conhecida também como agrião-do-Pará. A maniçoba, chamada de feijoada paraense, é feita com folhas de mandioca moídas e cozidas, carnes de porco e bovina, entre outros ingredientes.

O vatapá paraense difere do baiano. Não leva, por exemplo, azeite de dendê e amendoim. Um petisco muito saboroso é o bolinho de piracuí (com batata e farinha de peixe seco socada no pilão). Há também uma grande variedade de receitas de peixes com ingredientes típicos da Amazônia — como o açaí com peixe frito — e muitos sucos e sobremesas feitos com frutos do Norte. O doce de cupuaçu, sorvete de murici e suco de graviola são algumas das especialidades deliciosas.

No passeio pela cidade vale a pena visitar a Igreja da Nossa Senhora da
Conceição, na praça da Matriz (onde há várias lojas que vendem redes de todo o tipo), o Centro Cultural João Fona, o Museu de Arte Sacra e o Museu Dica Frazão, que expõe vestuário criado pela artesã Dica Frazão, feito de fibras naturais, palha de buriti, sementes, raízes e outras matérias-primas da Amazônia. A cidade tem ainda casarões antigos, no estilo colonial português.

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