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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Festivais regionais

Carnaval de Óbidos – mais conhecido como Carnapauxis ou Mascarado Fobá

Um dos melhores carnavais do Pará. Este evento é fruto da criatividade do próprio povo obidense.
O carnaval obidense tem cerca de 1 século, sendo uma herança deixada pelos colonizadores portugueses, onde as famílias tradicionais da cidade realizavam os ‘entrudos’ (batalha entre famílias munidas de fuligem de panela, farinha de trigo e tinta para sujar as pessoas). Esse tipo de folia durou até 1918, quando a diversão das famílias foi substituída pelas festas carnavalescas como os grandes bailes e os blocos de rua. Em 1927, o carnaval passou para os clubes. No final dos anos 70, uma crise político-econômica atingiu a região e o empolgante carnaval desapareceu. Em 1997 o carnaval regressou com toda a animação dos foliões pelas ruas estreitas de Óbidos, durante 4 dias, ao ritmo das velhas marchinhas de carnaval. A tradição fez ressurgir os “blocos dos mascarados’ que hoje animam o carnaval e atraem milhares de pessoas de diferentes regiões, aumentando em cerca de 40% a população local de 45 mil habitantes.

Festival das Tribos Mundurukus e Muirapinima de Juruti

O Festribal é realizado no último final de semana de Julho. Este festival tem como palco de apresentação, o Centro Cultural conhecido como Tribódromo. O local tem o formato de uma grande canoa em homenagem a um dos meios de transporte mais utilizados pelos povos ribeirinhos da Amazônia. No Tribódromo as Tribos Muirapinima (vermelho e azul) e Munduruku (vermelho e amarelo), retratam a cultura indígena em forma de música, artes cênicas, alegorias e danças. O principal objetivo é valorizar a cultura indígena da Amazônia. A criação das fantasias é baseada em estudos feitos pelos representantes dos grupos, que vão ás aldeias indígenas da região buscar inspiração.
O primeiro Festival das Tribos aconteceu em 1986, mas só em 1995 houve o primeiro confronto entre as Tribos Mundurukus e Muirapinimas, durante o X Festival Folclórico da região. Antes disso se apresentavam apenas quadrilhas, bois-bumbás e grupos folclóricos.
A cidade de Juruti está situada na região do baixo Amazonas, no Oeste do Pará.

Festival do Boi Bumba de Parintins

É uma festa popular realizada anualmente no último final de semana de Junho, na cidade de Parintins, Amazonas. O festival é uma ópera a céu aberto, onde competem duas agremiações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul.
O festival reúne no Bumbódromo -o palco da festa- mais de 3.000 integrantes de cada um dos grupos que disputam a preferência do público desde a década de 60.
Durante as três noites de apresentação os bois do Garantido e do Caprichoso deixam seus "currais" -espécies de quadras de escolas de samba- para viver um enredo simples. O ritual dos Bumbas mostra a Lenda do Pai Francisco e Mãe Catirina que conseguem, com a ajuda do Pajé, fazer renascer o boi do patrão. Conta a Lenda que Mãe Catirina grávida deseja comer a língua do boi mais bonito da fazenda. Para satisfazer o desejo da mulher, Pai Francisco manda matar o boi de estimação do patrão. Pai Francisco é descoberto, tenta fugir, mas é preso. Para salvar o boi, o Pajé é chamado e o boi ressuscita. Pai Francisco e Mãe Catirina são perdoados e há uma grande comemoração.
As alegorias entram no Bumbódromo aos pedaços, para que possam passar pelos portões estreitos, e são montadas sob os olhares incrédulos dos visitantes diante da grandiosidade das peças, que chegam a ter 30 metros de altura. Cada uma delas vai ser palco para um novo ato dessa verdadeira ópera da selva, representando as cenas do boi.
Iluminadas com rigor cênico, as alegorias mecanizadas se desdobram, voam, andam, gritam e abrigam uma multidão de atores locais encenando lendas e pajelanças. Ao redor, centenas de figurantes envolvidos por fumaça colorida desenvolvem suas coreografias em vestes luxuosas, feitas com plumagens, juta, cipó e sementes nativas.
Parintins fica a 420 km de Manaus, na ilha fluvial de Tupinambara, no Baixo Amazonas, quase na fronteira com o estado do Pará.



Festival do Borarí da Vila de Alter do Chão

O festival Borari começou a ser realizado na década de 90, e a cada edição atrai mais visitantes á vila de Alter do Chão. A festividade retrata a origem e as tradições dos índios Borari, os primeiros habitantes da vila. A festividade mostra a força da cultura popular e é promovida pelos próprios moradores de Alter do Chão. Hoje são os jovens que se empenham para fazer o resgate cultural da sua história, através de danças, rituais e preparo da alimentação típica dos Borari, durante o festival.
Alter do Chão, vila cercada de praias de areias brancas e finas no coração da Amazônia, situa-se a 30 km da cidade de Santarém.

Festival do Sairé – Vila de Alter do Chão

festival do Sairé é a mais antiga manifestação da cultura popular da Amazônia.
A festa resiste a mais de 300 anos, mantendo intacto o seu simbolismo e essência. A sua origem remonta ao período da colonização, quando os padres jesuítas, na missão evangelizadora, envolviam música e dança na catequese dos índios. O Sairé é o símbolo que se conhece, representando o respeito dos índios, usado para homenagear os portugueses quando estes aportaram em suas terras. Ao longo destes 300 anos, o Sairé foi ganhando novos contornos. Atualmente é festejado no mês de setembro e consiste em um ritual religioso que se repete durante o dia, culminando com a cerimônia da noite, seguida da parte profana da festa, representada pelos shows artísticos com apresentações de danças típicas e pelo confronto dos botos Tucuxi e Cor-de-Rosa. São cinco dias de muita música, danças e rituais resultantes do entrelaçamento social e cultural entre os colonizadores portugueses e índios da região do Tapajós.
Festival de beleza ímpar, não só pela beleza do próprio local com suas praias paradisíacas de areias brancas e finas no meio da Amazônia, assim como também pela história e tradição de festa nascida dos índios Borari, nos tempos de um Brasil colônia.
Alter do Chão, vila cercada de praias de areias brancas e finas no coração da Amazônia, situa-se a 30 km da cidade de Santarém.


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